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domingo, 26 de junho de 2011

Guaxuland

Capítulo 32

Não muito longe de onde jipe passou estava Bakura com Seraf como seu prisioneiro.

Bakura: O que está acontecendo?

Seraf (com um risinho de satisfação): O despertar de um anjo!

Bakura ficou confuso e olhou para Seraf com medo instintivo.

Bakura: Anjo?

Seraf: Eu disse que éramos superiores...

Bakura: Você disse que era mutante!

Seraf: Disse que se quisesse chamar assim tudo bem...

Bakura: Que história de anjos é essa?

Ele ouviu um som de estalos das costas do atirador e logo asas prateadas cresceram ali cortando a corrente das algemas que prendiam os braços de Seraf, ao se abrir.

Bakura tenteou golpeá-lo com sua adaga antes que ele escapasse, mas esse se defendeu com a asa direita, dura como aço. Apenas um bater suave de assas e estava alto demais para que Bakura pudesse detê-lo.

Seraf: Vou deixar que meu irmão cuide de você. Agora que ele despertou completamente... Tenho ouras coisas mais importantes para fazer agora.

Bakura (sussurrando confuso): Irmão? Anjo? Despertar?Bakura não esperava, mas um dos lobos espetados naquelas estacas de concretos que Plez criou em volta do domo tinha se regenerado e se multiplicado em outros lobos. Aliás, os quatro lobos espetados se dividiram e outros três cada, ao todo novos doze lobos.

Três desses lobos já haviam escalado o prédio no qual Bakura estava, e saltaram por trás dele para abocanhá-lo.

Bakura apenas sentiu a presença deles quando estavam bem próximos, reconheceu a energia como sendo de um único ser, e estranhou isso. Apenas desviou usando sua super-agilidade, colocando-se frente a frente com os lobos, mas afastado, na outra extremidade do prédio.

Ele puxou uma adaga em cada mão, lançou uma para cada lado, deixando uma encravada no prédio à direita e outra no prédio à esquerda, mais rápido ainda ele puxou mais duas e lançou-as, uma no prédio da frente, passando entre os lobos, e outra no prédio de trás. Em seguida, ele puxou uma pistola e uma katana curta. Se preparou para atacar à distância, mas também se preparou caso precisasse lutar corpo a corpo.Com agilidade e precisão, Bakura atirou nos tendões das patas dos lobos. Todos caíram de barriga no chão. Em seqüência, atirou nas testas dos mesmos.

Quem assistisse veria apenas os lobos caindo de tão rápido que foi o ataque do ex-moderador.

Em seguida os lobos se levantaram e ele percebeu que eles se regeneraram. Não se espantou. Achou incrível, ver as testas dos lobos expelindo as balas, mas não se espantou. Já viu coisa pior. Concentrou enco na pistola e preparou-se para continuar atirando.Quando os lobos saltaram para cima dele, ele foi mais rápido e acertou vários tiros concentrados apenas na cabeça de um deles, com isso também se desviou para o lado, evitando o ataque dos lobos. Os vários tiros concentrados na cabeça do lobo, como estavam concentrados de enco do ex-moderador, o deixaram caído no chão, sem cabeça.

Por um instante Bakura fechou os olhos para tentar sentir presenças humanas no andar abaixo dele. Ninguém. Mas por essa distração, um lobo conseguiu morde-lo na costela, fazendo-o sentir as presas encostarem-se a seus ossos. Uma dor desnorteante.

O ex-moderador abriu a cabeça do lobo ao meio com sua katana, assim que se livrou da boca dele. E com sua agilidade foi para o mais longe que pode dos lobos, mas sem sair do terraço.

Todos os lobos caídos se regeneraram, levantaram, e se multiplicaram. Era pouco terraço para muito lobo. Bakura iniciou uma coreografia perigosa com os lobos, usando toda sua perícia com a katana e com a pistola. Se parasse de se movimentar com super-agilidade, morreria indubitavelmente.

Infelizmente ele não pôde desviar de um dos lobos, que saltando encima dele, quebrou o piso do terraço, levando-o para o último andar do prédio. Ferido e em meio aos pedaços de concreto quebrados, o ex-moderador percebeu que não havia pessoas no andar de baixo também. Por algum motivo isso o fez sorrir, mas sorris doía com sua costela sangrando sem parar.

Ele não se moveu, apenas fitou os lobos descerem do terraço para o último andar, lentamente e sedentos de sangue.Alguns lobos ficaram no terraço ainda, mas muitos estavam quase enterrando Bakura em meio aos seus pelos prateados.Um deles ia arrancar a cabeça dele com os dentes, e o ex-moderador pode sentir o cheiro do estômago do lobo que faria isso. Ele sorriu.

Bakura: Quero ver vocês se regenerarem agora.

Ele sumiu e o lobo mordeu o ar em vão.

Num dos prédios em volta estava Bakura, parado na parede do prédio se apoiando na adaga que antes havia lançado lá.

Com um impulso ele arrancou a adaga da parede e lançou em direção ao prédio onde os lobos estavam. Assim que lançada a adaga, Bakura já estava em outro dos prédios onde outra adaga estava encravada, e da mesma maneira lançou a adaga. Repetiu o movimento até que as quatro adagas estavam encravadas nas quatro paredes externas do prédio onde os lobos estavam.

Tudo foi por uma questão de segundos.

Bakura fechou as mãos, palma com palma, assim que as quatro adagas estavam encravadas no prédio.

Bakura: Cabum!

Uma luz forte, acompanhada de um assovio agudo, saiu das adagas e pareceu implodir os dois últimos andares do prédio junto com os lobos e em seguida explodir em chamas rápidas. Apenas pó deixou o lugar sendo soprado no forte vento daquela noite.

Logo ele viu o jipe com Nanda e Plez passando na avenida ao lado e, tão rápido quanto o vento, usando sua super-agilidade, desceu o prédio e foi parar lado a lado com o jipe em movimento. Nanda o viu, mas não parou o jipe. Havia outros lobos os seguindo velozmente.

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